O pescador artesanal que aparece em um vídeo tirando o couro de uma sucuri no quintal de casa para aproveitar a carne, foi preso no fim da tarde desta quarta-feira (10), na cidade de Santa Cruz Cabrália.
Ele foi localizado por policiais militares da Cippa, a Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental, em um bar no bairro Campo Verde, perto da sua residência.
Desde que vídeo foi divulgado pelo RADAR 64 e ganhou repercussão na região, a polícia e fiscais da Secretaria Municipal de Meio vinham vinham procurado o homem.
Após a prisão, os policiais voltaram à residência e encontraram o couro da cobra, que tinha cerca de cinco metros de comprimento.
Uma vizinha, que nas imagens ajuda o pescador a carnear a serpente, ainda não foi localizada.
ALEGOU QUE COBRA IRIA ATACÁ-LO – Segundo apurou a reportagem do RADAR 64, o pescador alegou, durante a prisão, que matou a cobra a pauladas no domingo (07), pois o animal iria atacá-lo.
No vídeo, gravado pelo próprio pescador e compartilhado no grupo da família no WhatsApp, o homem afirma que abateu a sucuri durante uma pescaria no Rio Yaya.
Na gravação, que acabou vazando, ele chega a dizer que a “carne vai dar uma boa moqueca”, mas ao ser detido não confirmou se chegou a comer a carne da serpente.
CAÇA É PROIBIDA – A caça de animais silvestres, como a sucuri, é proibida no Brasil, com pena prevista de seis meses a três anos de detenção, além de multa.
A legislação permite a captura desses animais por populações tradicionais, como quilombolas e indígenas, desde que seja para subsistência. A polícia apura se o pescador matou o animal para se alimentar.
De acordo com o herpetólogo (especialista em répteis e anfíbios) Luiz Norberto Weber, professor associado da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), a sucuri que aparece no vídeo é do gênero Eunectes, mais encontrada em lagoas e charcos próximo ao litoral, inclusive no Extremo Sul da Bahia.
WhatsApp do RADAR 64: (73) 98844-0216.
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