Os bloqueios nas estradas do país na última semana recolocaram no radar do empresariado o risco de conviver com falhas no transporte de produtos, motivo de preocupação desde a greve dos caminhoneiros de 2018.
Segundo o Globo, desde aquela paralisação, ainda no governo Michel Temer, empresas têm adotado medidas para garantir o fluxo em caso de interrupção nas rodovias.
Investimento da frota própria, planos de contingência preparados, tarifa flexível e um relacionamento mais estreito com as transportadoras passaram a fazer parte da rotina das empresas nos últimos anos. As medidas, porém, elevam os custos.
Empresários afirmam que o custo da logística saltou e se tornou “um grande gargalo no país”. Também apontam que as paralisações de caminhoneiros geram danos de imagem no exterior.
A paralisação recente expõe a dependência do modelo rodoviário. Especialista em logística, o professor da Fundação Dom Cabral Paulo Resende diz que é preciso pensar no Brasil como um continente e contar com diferentes opções de transporte. “O Brasil vive síndrome de borracheiro, não conserta a estrada para não deixar de ter pneu furado”, afirma.
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